Tipos de oxigenoterapia e como funcionam?

Há dois tipos de oxigenoterapia que, por definição, é a administração de oxigênio como proposta terapêutica a níveis pressóricos acima do encontrado na atmosfera. Têm por finalidade corrigir ou atenuar quadros de deficiência de oxigênio ou hipóxia.

De acordo com a necessidade do paciente e com seu quadro clínico, o profissional indica os seguintes tipos de oxigenoterapia:

  1. Baixo Fluxo:  É caracterizado por fornecer fluxo de oxigênio complementar, suprindo as necessidades do paciente.

    Sendo que as principais interfaces utilizadas são: cateter tipo óculos ou máscaras para oxigenoterapia, para aqueles pacientes cujas alterações de saturação são mais brandas.

  2. Alto fluxo: Entre os tipos de oxigenoterapia, esse é responsável por ofertar um fluxo maior de oxigênio, atendendo à necessidade do paciente.

    A principal interface utilizada é a máscara tipo venturi, em que é possível regular o fluxo de ar e o controle da fração de oxigênio inspirada.


Objetivos principais da oxigenoterapia:

  • Corrigir e reduzir os sintomas decorrentes da hipoxemia e melhorar a difusão de O2;
  • Melhorar a oxigenação tecidual em casos de transporte ineficiente;
  • Reduzir o trabalho cardiopulmonar;
  • Corrigir pressões gasométricas (PaO2 80 – 100 mmHg e SapO2 90 – 100%);

Em quadros de hipoxemia, notamos sintomas como cianose de extremidades, desorientação, agitação psicomotora e taquidispnéia. Sendo assim, a observação clínica do paciente é fundamental no momento da indicação dos tiposde oxigenoterapia e dequal tratamento seguir.

Segundo a American Association for Respiratory Care (AARC), indica-se oxigenoterapia nos casos de:

  • Pressão de Oxigênio e Saturação Baixas (PaO2 <60mmHg ou SpO2 <90% em ar ambiente);
  • SpO2 <88% durante deambulação, exercícios ou sono em portadores de doenças cardiorrespiratórias;
  • Infarto Agudo do Miocárdio (IAM); entre outros.

Após uma avaliação completa do quadro clínico e a identificação de qual dos tipos de oxigenoterapia seguir, e a evolução no caso específico do paciente, pode-se orientar o uso de oxigenoterapia.

Considera-se também os exames laboratoriais de gasometria arterial, a fim de entender qual a necessidade de fração inspirada de oxigênio (FiO2).

Leia também: Oxigenoterapia: 6 formas de abordar esse assunto com o seu paciente

Fontes de oxigenoterapia

As principais fontes para distinguir os tipos de oxigenoterapia eo tratamento no ambiente domiciliar são: cilindro, concentrador estacionário e concentrador portátil.

Os cilindros são utilizados com frequência, pois, possibilitam uma litragem maior de oxigênio, porém, é preciso de recargas constantes e é mais complicado para manuseio e transporte. Em caso de locomoção existem cilindros específicos (de menor litragem, geralmente de 1m³).

O concentrador estacionário, por sua vez, normalmente é maior, e tem a capacidade de armazenar mais oxigênio comprimido e funciona por meio de energia elétrica. Pode ser usado tanto para tratamentos de longo quanto de curto prazo.

Já o concentrador portátil  é próprio para a locomoção, uma vez que é bem mais leve do que o estacionário, chegando em alguns casos a pesar perto de 1,5 kg e permite que o paciente saia de casa, oferece liberdade e maior mobilidade e funciona à bateria, podendo chegar de 4 até 9h (com baterias estendidas). Quer saber mais? Conte conosco, clique no botão abaixo e fale com uma fisioterapeuta especialista!