Para que serve a ventilação mecânica?

Quando um indivíduo apresenta alteração da função respiratória, a ponto de não conseguir respirar por conta própria, necessita de ajuda para que as trocas gasosas aconteçam.

Corrigindo elementos como pressão respiratória, volume inspirado e pressão residual, conseguimos dar qualidade de vida a essa pessoa. Entende-se como volume residual aquele final que fica dentro do pulmão.

Para que nosso organismo mantenha suas funções principais, precisamos garantir que as trocas gasosas ocorram de forma adequada. A respiração eficiente, seja ela autônoma ou assistida, garante um pH sanguíneo adequado para as funções do nosso organismo.

Muito mais do que trocas gasosas, a ventilação mecânica permite a recuperação pulmonar em casos de lesão do pulmão.

Existem vários fatores que impedem que uma pessoa respire por conta própria, precisando de auxílio de um ventilador mecânico.

Dentre elas, podemos citar cirurgias de médio ou grande porte, acidentes com traumatismos cranianos, sequelas neurológicas, doenças degenerativas e pneumonias graves.

Atualmente temos presenciado casos de Covid-19, nos quais o protocolo é a intubação precoce. Esse protocolo serve para garantir a função pulmonar e oxigenação adequada dos tecidos.

Como funciona a ventilação mecânica?

A ventilação mecânica é realizada através de um aparelho chamado ventilador mecânico ou respirador mecânico. Nele, o fisioterapeuta define as pressões que devem entrar e sair do pulmão, assim como a que deve permanecer.

Por ser uma estrutura elástica, o pulmão tende a fechar quando não tem uma pressão mínima interna. Sendo necessária um esforço respiratório muito elevado para abri-lo novamente. Por isso é necessária aquela pressão residual.

Portanto, uma boa parametrização de ventilação mecânica é crucial na recuperação do paciente.

Tipos de ventilação mecânica

Existem basicamente dois tipos principais de ventilação mecânica. A invasiva e a não invasiva.

Na ventilação invasiva, um tubo é introduzido pela boca até a traqueia, podendo ser também por traqueostomia. Nessa última, um orifício pelo pescoço é realizado para casos de intubação prolongada. Podendo ser feito também em casos de pacientes conscientes, sem força para respirar sozinhos.

Já a não invasiva, feita através de máscaras fixadas ao rosto do paciente. Semelhante ao CPAP ou BIPAP. Essa modalidade permite o conforto respiratório sem a necessidade de procedimento invasivo.

Quando a ventilação não invasiva não é suficiente para manter a integridade respiratória, faz-se necessária a intubação.

Como dito anteriormente, um bom acompanhamento de um profissional capacitado é a chave para o sucesso da ventilação mecânica. Associado sempre aos cuidados de uma equipe multidisciplinar para atender o indivíduo de maneira abrangente, permitindo sua recuperação.

Monitoramento

O monitoramento deve ser constante. Afinal, nosso corpo apresenta um equilíbrio dinâmico. Ou seja, constantemente está se ajustando. Por isso, o profissional deve sempre acompanhar os exames clínicos e adaptar os parâmetros ventilatórios conforme demanda.

Conforme o organismo se recupera e o indivíduo começa a conseguir demonstrar força e consciência suficientes, pode-se iniciar o desmame. Logo, a ajuda da ventilação mecânica passa a ser menor, permitindo a retirada gradativa e definitiva do aparelho.

Atualmente, pensando em proporcionar maior segurança ao paciente e à família, a Lumiar desde 2018 oferece o serviço de monitoramento remoto para que o profissional possa acompanhar o paciente mesmo à distância. Vale ressaltar a importância deste recurso em tempos de Covid 19, para evitar os riscos de contaminação presencial.