Apneia do sono pode matar?
Será que a apneia do sono pode matar? Essa é uma pergunta muito importante para entender mais sobre a gravidade da doença e a importância de seu tratamento.
A apneia do sono é caracterizada pelo fechamento das vias aéreas de forma parcial ou total durante o sono. Neste processo, pode ocorrer uma parada respiratória de, no mínimo, 10 segundos. Observa-se queda da oxigenação do sangue, hipoxemia e hipercapnia, que seria o aumento de gás carbônico no sangue.
Será que a apneia do sono pode matar somente pela parte respiratória?
Estudos mostram que a apneia do sono deve ser considerada uma doença sistêmica por gerar alterações em várias partes do organismo. Dentre as principais alterações podemos citar:
- Ansiedade
- Depressão
- Arritmia cardíaca
- Hipertensão pulmonar
- Hipertensão arterial sistêmica
- Aterosclerose
- Acidente Vascular Encefálico (AVE)
- Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)
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Explicando como a apneia do sono pode matar: Possíveis complicações
Antes de falar se a apneia do sono pode matar, é importante entender: a grande maioria das alterações ocorre pelos episódios de queda de oxigenação do sangue durante a apneia do sono. Nesses episódios, acontece a liberação de substâncias que geram inflamação. Além disso, fatores trombóticos favorecem mudanças vasculares.
Trombos surgem quando as plaquetas se agregam mais facilmente e obstruem a passagem do sangue. Eles podem ficar presos à parede dos vasos ou se deslocar dentro da corrente sanguínea.
Dependendo de onde esse trombo para ele gera um acidente vascular encefálico isquêmico ou isquemia cardíaca. Ele também pode chegar ao pulmão e causar trombose pulmonar, assim como em outros órgãos.
Quando olhamos para a parte mental, a ansiedade e depressão aparecem devido ao sono não reparador e frequentemente interrompido, alterando as liberações hormonais de cortisol e melatonina. Eles são, respectivamente, responsáveis pelo estresse e relaxamento do organismo para o sono.
Outras alterações cardíacas
A arritmia cardíaca vai aparecer devido ao constante oscilar da concentração de oxigênio no sangue. Esse processo libera fatores oxidativos e estimula o sistema simpático. Com isso, acelera a frequência cardíaca.
Observa-se também alteração diretamente no coração, facilitando o aparecimento de arritmias, infarto agudo do miocárdio e falência cardíaca.
Essas alterações de frequência cardíaca causam aumento do músculo de ventrículo esquerdo. Isso facilita o aparecimento de disfunção de contração e relaxamento, outro ponto que mostra que a apneia do sono pode matar.
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Mais fatores de risco
Já a insuficiência cardíaca congestiva acontece quando o coração não consegue bombear o sangue de forma eficiente. Existe uma estagnação do sangue e, com isso, podem ocorrer inchaços nas pernas e pulmões.
A aterosclerose, por sua vez, é o endurecimento dos vasos, que colabora com o aumento da pressão arterial e dificulta o relaxamento desses vasos na passagem do sangue. Essa resistência cresce também por conta de um espessamento do sangue, causada pelo aumento das agregações das plaquetas.
A apneia do sono pode matar se não tratada por ser considerada fator de risco independente na ocorrência de AVE (acidente vascular encefálico). Isso porque a baixa do oxigênio aumenta a pressão e o aparecimento de coágulos, diminuindo o fluxo sanguíneo cerebral. Tudo isso favorece os episódios de isquemia cerebral.
Agora, quando falamos de hipertensão pulmonar transitória, entendemos ser a dificuldade da passagem de sangue nas artérias e veias pulmonares. Acontece como um trânsito intenso, acumulando sangue nos pulmões, o que leva ao cansaço progressivo, inclusive em pequenos esforços. No transitório, acontece esporadicamente.
Sendo assim, a apneia do sono pode matar por causa das alterações crônicas que gera. Quando não são tratadas, acabam lesando o organismo lentamente. Ao se tornarem alterações crônicas, podem ser ainda mais graves.
Como detectar sinais e sintomas?
Existem alguns sinais e sintomas que podemos perceber para saber se existe apneia do sono. Os principais são: sonolência diurna, irritabilidade e boca muito seca ao acordar. Por conta da alteração da respiração, ocorre também o aumento dos episódios de enxaqueca e fadiga muscular.
Outros sintomas podem ser: dificuldade de concentração e foco, memória recente prejudicada, redução do tempo de reação e cansaço progressivo ao realizar pequenos esforços.
A apneia do sono pode matar se não for diagnosticada precocemente e tratada por uma equipe bem treinada e especializada.
Caso perceba esses sintomas, procure um profissional capacitado para avaliar e entender o que acontece. Assim, pode-se iniciar um tratamento adequado antecipadamente, mantendo sua saúde em excelentes condições.
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